25.8.11

19.8.11

O Nascimento e a Infância de Jesus - O Livro de Urântia



(1351.5) 122:8.1 Durante toda essa noite Maria estivera inquieta, de forma que nenhum dos dois dormiu muito. Ao amanhecer, as pontadas do parto já estavam bem evidentes e, no dia 21 de agosto do ano 7 a.C., ao meio-dia, com a ajuda e as ministrações carinhosas de mulheres viajantes amigas, Maria deu à luz um pequeno varão. Jesus de Nazaré havia nascido para o mundo; encontrava-se enrolado nas roupas que Maria tinha trazido consigo, para essa contingência possível, e deitado em uma manjedoura próxima.

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O Livro de Urântia

Documento 122

O Nascimento e a Infância de Jesus

(1344.1) 122:0.1 DIFICILMENTE será possível esclarecer de modo pleno sobre as muitas razões que levaram à escolha da Palestina como a terra para a auto- outorga de Michael; e especialmente sobre a razão pela qual a família de Maria e José fosse selecionada como o núcleo imediato para a vinda desse Filho de Deus em Urântia.
(1344.2) 122:0.2 Após um estudo da informação especial sobre as condições dos mundos segregados, preparado pelos Melquisedeques em conselho com Gabriel, Michael finalmente escolheu Urântia como o planeta onde cumprir a sua auto-outorga final. Depois dessa decisão Gabriel fez uma visita pessoal a Urântia e, pelo resultado do seu estudo dos grupos humanos e da sua pesquisa das características espirituais, intelectuais, raciais e geográficas do mundo e seus povos, ele decidiu que os hebreus possuíam aquelas vantagens relativas que garantiriam a sua seleção como a raça para a auto-outorga. Depois que Michael aprovou essa decisão, Gabriel destacou a Comissão Familiar dos Doze — selecionada dentre as mais elevadas personalidades deste universo — e despachou-a para Urântia, encarregando-a da tarefa de efetuar uma investigação sobre as famílias judaicas. Quando essa comissão terminou os seus trabalhos, Gabriel estava presente em Urântia e recebeu o informe que designava três casais com a perspectiva de poderem ser, na opinião dessa comissão, as famílias igualmente mais favoráveis à auto-outorga em prospecto, para a encarnação projetada de Michael.
(1344.3) 122:0.3 Dos três casais apontados, a escolha pessoal de Gabriel recaiu sobre José e Maria; em seguida ele fez a sua aparição pessoal a Maria, ocasião em que lhe comunicou as boas-novas de que havia sido ela a escolhida para tornar-se a mãe terrena do menino auto-outorgado.
(1344.4) 122:1.1 José, o pai humano de Jesus (Joshua ben José), era um hebreu entre os hebreus, embora trazendo muitos traços hereditários não judeus, que vinham sendo adicionados à sua árvore genealógica, de tempos em tempos, pela linhagem feminina dos seus progenitores. A linhagem ancestral do pai de Jesus remontava aos dias de Abraão e, através desse venerável patriarca, remetia-se até as linhas mais antigas de hereditariedade, que se ligavam aos sumérios e noditas e, através das tribos meridionais dos antigos homens azuis, até Andon e Fonta. Davi e Salomão não estavam na linha direta dos antepassados de José, nem a sua linhagem ia diretamente a Adão. Os ancestrais imediatos de José eram trabalhadores em artefatos — construtores, carpinteiros, pedreiros e forjadores. José, ele próprio, era carpinteiro e mais tarde foi um empreiteiro. A sua família pertencia a uma longa e ilustre linhagem notável de gente comum, acentuada, aqui e ali, pelo aparecimento de indivíduos incomuns, que se haviam distinguido de algum modo e que estiveram ligados à evolução da religião em Urântia.
(1345.1) 122:1.2 Maria, a mãe terrena de Jesus, era descendente de uma longa linhagem de ancestrais singulares, que abrangia várias das mulheres mais notáveis na história das raças de Urântia. Embora Maria fosse uma mulher comum, dos seus dias e geração, dona de um temperamento bastante corriqueiro, ela contava entre os seus antepassados com mulheres bem conhecidas como Anon, Tamar, Rute, Betsabá, Ansie, Cloa, Eva, Enta e Ratta. Nenhuma mulher judia, daquela época, era de linhagem mais ilustre de progenitores e nenhuma remontava a origens mais auspiciosas. A uniformidade na linha dos ancestrais de Maria, e a de José, caracterizada pela predominância de indivíduos fortes mas comuns, era quebrada aqui e ali por várias personalidades que se destacavam na marcha da civilização e da evolução progressiva da religião. Do ponto de vista racial, não seria próprio considerar Maria como judia. Na cultura e na crença ela era judia, mas, pelos dons hereditários, era mais uma composição de sangue sírio, hitita, fenício, grego e egípcio, de modo que a sua herança racial era mais genérica do que a de José.
(1345.2) 122:1.3 De todos os casais que viviam na Palestina por volta da época da auto- outorga projetada de Michael, José e Maria possuíam a combinação ideal de parentescos raciais abertos e de dons de personalidade acima do normal. Era plano de Michael aparecer na Terra como um homem comum, de modo tal que a gente comum o entendesse e o recebesse; e por isso é que Gabriel havia selecionado pessoas como José e Maria para tornarem-se os progenitores nessa auto-outorga.
(1345.3) 122:2.1 O trabalho da vida de Jesus em Urântia, na verdade, foi iniciado por João Batista. Zacarias, o pai de João, era um sacerdote judeu, enquanto a sua mãe, Isabel, era membro do ramo mais próspero do mesmo grande grupo familiar ao qual também pertencia Maria, a mãe de Jesus. Zacarias e Isabel, embora estivessem casados há muitos anos, não tinham filhos.
(1345.4) 122:2.2 Era já o final do mês de junho, do ano 8 a.C., cerca de três meses após o casamento de José e Maria, quando Gabriel, certo dia, apareceu para Isabel, ao meio-dia, tal como mais tarde se apresentaria perante Maria. E Gabriel disse a ela:
(1345.5) 122:2.3 “O teu marido, Zacarias, está diante do altar em Jerusalém, enquanto o povo reunido ora pela chegada do libertador, e eu, Gabriel, vim para anunciar que tu irás dentro em pouco conceber um filho que será o precursor do seu divino mestre; e chamarás de João ao teu filho. Ele crescerá dedicado ao senhor seu Deus e, quando atingir a maturidade, ele alegrará ao teu coração, porque conduzirá muitas almas para Deus, e também irá proclamar a vinda do curador de almas do vosso povo e o libertador do espírito de toda a humanidade. A tua prima Maria será a mãe desse menino prometido e eu também aparecerei diante dela”.
(1345.6) 122:2.4 Essa visão amedrontou grandemente a Isabel. Depois da partida de Gabriel ela repassou a experiência, revirando-a na sua mente, ponderando longamente sobre as palavras do majestoso visitante, mas não falou da revelação a ninguém, exceto ao seu marido, até que posteriormente afinal visitasse Maria, em princípios de fevereiro do ano seguinte.
(1345.7) 122:2.5 Durante cinco meses, contudo, Isabel guardou aquele seu segredo até mesmo do marido. E quando contou a ele sobre a visita de Gabriel, Zacarias permaneceu cético e durante semanas duvidou de toda a experiência; só consentindo em acreditar na visita de Gabriel à sua esposa, e sem maior entusiasmo, quando não mais podia duvidar de que ela esperava uma criança. Zacarias ficou muito perplexo com a maternidade próxima de Isabel, mas não duvidou da integridade da sua esposa, apesar da idade avançada dele. E, apenas seis semanas antes do nascimento de João, é que Zacarias, em conseqüência de um sonho impressionante, tornou-se plenamente convencido de que Isabel estava para tornar-se a mãe de um filho do destino, aquele que iria preparar o caminho para a vinda do Messias.
(1346.1) 122:2.6 Gabriel apareceu para Maria por volta de meados de novembro, do ano 8 a.C., no momento em que ela estava trabalhando na sua casa em Nazaré. Mais tarde, após haver sabido que era certo que estava para ser mãe, Maria persuadiu José a deixá-la viajar à cidade de Judá, a sete quilômetros a oeste de Jerusalém, nas montanhas, para visitar Isabel. Gabriel tinha informado a cada uma dessas duas futuras mães sobre a sua aparição à outra. Naturalmente ficaram ansiosas para encontrarem-se, para compartilhar as experiências, e para falar sobre o futuro provável dos seus filhos. Maria permaneceu com a sua prima distante por três semanas. Isabel fez muito para fortalecer em Maria a fé na visão de Gabriel, de modo que esta voltou para a sua casa mais plenamente dedicada ao chamado de ser mãe do menino predestinado, a quem ela, muito em breve, iria apresentar ao mundo como um bebê indefeso, uma criança comum e normal deste reino.
(1346.2) 122:2.7 João nasceu na cidade de Judá, aos 25 de março, do ano 7 a.C. Zacarias e Isabel rejubilaram-se grandemente com o fato de que um filho tivesse vindo para eles como Gabriel havia prometido; e, ao oitavo dia, quando apresentaram a criança para a circuncisão, eles o batizaram formalmente como João, exatamente como se lhes havia sido ordenado. E logo um sobrinho de Zacarias partiu para Nazaré, levando até Maria a mensagem de Isabel que proclamava o nascimento de um filho cujo nome seria João.
(1346.3) 122:2.8 Desde a mais tenra infância os pais inculcaram em João a idéia de que ele cresceria e tornar-se-ia um líder espiritual e um mestre religioso. E, no coração de João, o solo sempre foi sensível a essas sementes sugestivas. Ainda quando criança o encontravam freqüentemente no templo durante os ofícios do serviço do seu pai; e João ficava imensamente impressionado com o significado de tudo o que via.
(1346.4) 122:3.1 Uma tarde, por volta do cair do sol, antes que José tivesse retornado ao lar, Gabriel apareceu a Maria, ao lado de uma mesa baixa de pedra, e após ela haver- se recomposto, ele disse: “Venho a pedido daquele que é o meu Mestre, a quem tu irás amar e nutrir. A ti, Maria, trago alegres novas e anuncio que a concepção em ti foi ordenada pelo céu e que, no tempo devido, tu te tornarás a mãe de um filho; tu o chamarás Joshua; e ele irá inaugurar o Reino do céu na Terra entre os homens. Nada digas disso a ninguém, exceto a José e Isabel, a tua parente, para quem também eu apareci e que deve também agora conceber um filho cujo nome será João e será ele quem preparará o caminho para a mensagem de libertação que o teu filho irá proclamar aos homens com uma grande força e uma convicção profunda. E não duvides tu de minha palavra, Maria, pois este lar foi escolhido como a residência mortal do menino predestinado. A minha bênção recai sobre ti e os poderes dos Altíssimos irão fortalecer-te; e o Senhor de toda a Terra acobertar-te-á na Sua sombra”.
(1346.5) 122:3.2 Maria ponderou sobre essa visitação, secretamente, no seu coração, durante várias semanas, antes de ousar abrir-se com o marido a respeito desses acontecimentos inusitados, até que estivesse certa de que carregava em si uma criança. Ao escutar sobre tudo isso, ainda que grande fosse a sua confiança em Maria, José ficou muito perturbado e não pôde dormir por várias noites. A princípio José tinha dúvida sobre a visita de Gabriel. Depois, quando estava quase se persuadindo de que Maria tinha realmente ouvido a voz e visto a forma do mensageiro divino, José torturava-se ao pensar sobre como poderiam ser essas coisas. Como a progênie de seres humanos, poderia ser um filho com destino divino? E José não podia nunca reconciliar essas idéias conflitantes até que, depois de várias semanas de muito pensar, ambos, ele e Maria, chegaram à conclusão de que tinham sido escolhidos para tornarem-se os pais do Messias; ainda que o conceito judeu não fosse, nem um pouco, o de que o libertador aguardado deveria ter a natureza divina. Ao chegarem a essa importante conclusão, Maria apressou-se a partir para uma visita a Isabel.
(1347.1) 122:3.3 Quando retornou, Maria foi visitar os seus pais, Joaquim e Ana. Seus dois irmãos, as duas irmãs, bem como seus pais sempre foram muito céticos sobre a missão divina de Jesus, embora até esse momento, evidentemente, nada ainda soubessem da visitação de Gabriel. Mas Maria confidenciou à sua irmã Salomé que achava que o seu filho estava destinado a tornar-se um grande mestre.
(1347.2) 122:3.4 O anúncio que Gabriel fez a Maria aconteceu no dia seguinte à concepção de Jesus e foi o único evento de ocorrência sobrenatural ligado a toda a experiência de Maria de conceber e trazer dentro de si o menino da promessa.
(1347.3) 122:4.1 José não se conformou com a idéia de que Maria estivesse para tornar-se mãe de uma criança extraordinária, até que teve a experiência de um sonho de forte impressão. Nesse sonho um mensageiro celestial brilhante apareceu a ele e, entre outras coisas, disse: “José, apareço sob o comando Daquele que agora reina nas alturas; e tenho o mandado de instruí-lo a respeito do filho que Maria irá gerar e que se tornará uma grande luz para o mundo. Nele estará a vida; e a sua vida tornar-se-á a luz da humanidade. Ele virá primeiro para o seu próprio povo, todavia poucos destes o receberão; mas, a quantos o receberem, será revelado que são os filhos de Deus”. Depois dessa experiência José deixou totalmente de duvidar da história de Maria sobre a visita de Gabriel e sobre a promessa de que a criança que estava para nascer tornar-se-ia um mensageiro divino para o mundo.
(1347.4) 122:4.2 Em todas essas visitações nada foi dito sobre a casa de Davi. Nada jamais deixou transparecer que Jesus tornar-se-ia o “libertador dos judeus”, nem mesmo que seria o Messias há muito esperado. Jesus não era um Messias tal como os judeus haviam antecipado, mas era o libertador do mundo. A sua missão não se dirigia apenas a um povo, era para todas as raças e povos.
(1347.5) 122:4.3 José não tinha a linhagem do Rei Davi. Maria tinha mais ancestrais na linha de Davi do que José. Bem verdade é que José havia ido a Belém, cidade de Davi, para ser registrado no censo romano, mas isso aconteceu porque seis gerações antes, o ancestral de José, naquela geração, sendo um órfão, tinha sido adotado por um certo Zadoc, que era descendente direto de Davi; e por isso José podia ser também contado como sendo da “casa de Davi”.
(1347.6) 122:4.4 A maioria das chamadas profecias messiânicas, no Antigo Testamento, puderam ser aplicadas a Jesus, e sobretudo muito tempo depois que a sua vida na Terra havia já sido vivida. Durante séculos, os profetas hebreus haviam proclamado a vinda de um libertador; e essas promessas tinham sido elaboradas por gerações sucessivas e referiam-se a um governante judeu que iria sentar-se no trono de Davi e que, por meio dos métodos miraculosos de Moisés, estabeleceria os judeus na Palestina como uma nação poderosa, livre do domínio estrangeiro. Novamente, muitas das passagens figurativas encontradas nas escrituras dos hebreus foram posteriormente aplicadas de modo distorcido à missão da vida de Jesus. Muitos dos dizeres do Antigo Testamento foram deformados de modo a parecerem adequar-se a algum episódio da vida do Mestre na Terra. Jesus certa vez negou publicamente, ele próprio, qualquer ligação com a casa real de Davi. Até mesmo aquela passagem: “uma jovem dará à luz um filho”, foi levada a ser lida como sendo: “uma virgem dará à luz um filho”. Isso também é verdade sobre muitas das genealogias feitas, tanto de José quanto de Maria, as quais foram elaboradas depois da carreira de Michael na Terra. Muitas dessas linhagens contêm bastante da linha ancestral do Mestre, mas no todo elas não são genuínas e nem confiáveis como sendo verdadeiras. Os primeiros seguidores de Jesus freqüentemente sucumbiam à tentação de fazer com que todas as velhas expressões proféticas parecessem encontrar a sua realização na vida do seu Senhor e Mestre.
(1348.1) 122:5.1 José era um homem de maneiras suaves, extremamente consciente e, de todos os modos, fiel às convenções e práticas religiosas do seu povo. Falava pouco, mas pensava muito. A condição sofrida do povo judeu causava muita tristeza em José. Na sua juventude, entre os seus oito irmãos e irmãs, ele havia sido mais alegre, mas nos primeiros anos da sua vida de casado (durante a infância de Jesus) esteve sujeito a períodos de um desencorajamento espiritual leve. Essas manifestações do seu temperamento foram bastante atenuadas, um pouco antes da sua morte prematura, depois que a situação econômica da sua família melhorou, em conseqüência do seu progresso, quando passou, de carpinteiro, à posição de um próspero empreiteiro.
(1348.2) 122:5.2 O temperamento de Maria era completamente oposto ao do marido. Geralmente era alegre, muito raramente ficava abatida e possuía uma disposição sempre ensolarada. Maria permitia-se dar livre e freqüente vazão à expressão dos seus sentimentos e emoções e nunca se sentira afligida, até a súbita morte de José. E mal se recuperara desse choque quando teve de enfrentar as ansiedades e perplexidades que se lançaram sobre ela, por causa da carreira extraordinária do seu filho mais velho, que se desenrolou muito rapidamente diante do seu olhar atônito. Mas, durante toda essa experiência inusitada, Maria manteve-se calma, corajosa e bastante sábia no seu relacionamento com o seu estranho e pouco compreendido primogênito e com os irmãos e irmãs ainda vivos dele.
(1348.3) 122:5.3 Muito da doçura especial de Jesus e da sua compreensão compassiva da natureza humana, ele herdara do seu pai; o dom de ser um grande mestre e a sua imensa capacidade de indignar-se, por retidão, ele herdara da sua mãe. Nas reações emocionais ao meio ambiente, na sua vida de adulto, Jesus era também como o seu pai: meditativo e adorador; o que algumas vezes deixava transparecer tristeza, mas, mais freqüentemente, ele conduzia-se de maneira otimista e com a disposição determinada da sua mãe. No conjunto, a tendência era de que o temperamento de Maria dominasse a carreira do filho divino, durante o seu crescimento e nos passos decisivos da sua carreira adulta. Jesus era uma mistura dos traços dos seus pais, em algumas das suas atitudes; em outras ele demonstrava mais as características de um deles do que as do outro.
(1348.4) 122:5.4 De José, Jesus tinha a educação estrita nos usos dos cerimoniais judeus e o conhecimento excepcional das escrituras dos hebreus; de Maria, ele trazia um ponto de vista mais amplo da vida religiosa e um conceito mais liberal da liberdade espiritual pessoal.
(1349.1) 122:5.5 As famílias de ambos, José e Maria, eram bem instruídas para a sua época. José e Maria haviam sido educados muito acima da média da sua época, considerando a sua situação social. Ele, um homem de muito pensar e ela, uma mulher planejadora, dotada de adaptabilidade e prática na execução imediata das coisas. José era moreno, de olhos negros; e Maria era do tipo quase louro, de olhos castanhos.
(1349.2) 122:5.6 Tivesse José vivido mais e ter-se-ia tornado, indubitavelmente, um crente firme na missão do seu filho mais velho. Maria alternava-se, ora acreditando, ora duvidando, sendo grandemente influenciada pela posição tomada pelos seus outros filhos e pela dos seus amigos e parentes, mas sempre era fortalecida, na sua atitude final, pela memória da aparição de Gabriel imediatamente depois que a criança fora concebida.
(1349.3) 122:5.7 Maria era uma hábil tecelã e possuía uma habilidade acima da média na maioria das artes caseiras da época; era uma boa dona-de-casa e muito caprichosa no forno. Tanto José quanto Maria eram bons educadores e cuidaram para que os seus filhos se tornassem bem versados nos ensinamentos da época.
(1349.4) 122:5.8 Quando ainda rapaz, José tinha sido empregado do pai de Maria no trabalho de construir uma extensão da sua casa; e, quando Maria trouxe a José um copo de água, durante a refeição do meio-dia, foi que realmente aqueles dois, destinados a ser os pais de Jesus, começaram a fazer a corte um ao outro.
(1349.5) 122:5.9 José e Maria casaram-se de acordo com os costumes judeus, na casa de Maria, nas proximidades de Nazaré, quando José tinha vinte e um anos de idade. Esse casamento concluiu um noivado normal que durou quase dois anos. Pouco depois se mudaram para a casa em Nazaré, que havia sido construída por José com a ajuda de dois dos seus irmãos. A casa situava-se ao pé de uma elevação que dominava, de modo encantador, a paisagem do campo. Nessa casa, especialmente preparada, esses jovens pais, na expectativa de dar as boas-vindas ao menino prometido, não sabiam que aquele evento, memorável para todo um universo, estava para acontecer enquanto eles estivessem fora de casa, em Belém, na Judéia.
(1349.6) 122:5.10 A parte maior da família de José converteu-se aos ensinamentos de Jesus, mas pouquíssimos entre os da gente de Maria acreditaram nele, antes que ele deixasse este mundo. José inclinava-se mais para o conceito espiritual de um Messias esperado, mas Maria e a sua família, especialmente o seu pai, ativeram-se à idéia de que o Messias seria um libertador temporal e um governante político. Os ancestrais de Maria haviam-se identificado manifestamente com as atividades dos Macabeus ainda recentes naqueles tempos.
(1349.7) 122:5.11 José apegava-se vigorosamente ao ponto de vista oriental, ou Babilônico, da religião judaica; Maria inclinava-se fortemente para a interpretação ocidental, ou helenista, mais liberal e aberta, da lei e dos profetas.
(1349.8) 122:6.1 A casa de Jesus não ficava longe do alto da colina, na parte norte de Nazaré, a uma certa distância da nascente de água da cidade que era na parte leste. A família de Jesus morava nos arredores da cidade e isso facilitou, posteriormente, as caminhadas dele ao campo e as subidas à montanha próxima, a mais alta de todas, na parte sul da Galiléia, exceto pela cadeia do monte Tabor, a leste, e o monte Naim, que tinham aproximadamente a mesma altitude. Esta casa localizava-se um pouco ao sul e a leste da parte sul do promontório desse monte e a meio caminho entre a base dessa elevação e a estrada que vai de Nazaré a Caná. Além de subir o monte, o passeio favorito de Jesus era seguir uma trilha estreita que serpenteava desde a base da montanha, indo na direção nordeste, até um ponto onde se juntava à estrada de Séforis.
(1350.1) 122:6.2 A casa de José e Maria tinha a estrutura de pedra e um cômodo com um teto plano e uma construção adjacente para abrigar os animais. A mobília consistia de uma mesa baixa de pedra, utensílios de barro, pratos e potes de pedra, um tear, uma lamparina, vários bancos pequenos e esteiras para dormir sobre o chão de pedra. No quintal ao fundo, perto do anexo dos animais, ficava o abrigo que protegia o forno e o moinho para moer os grãos. Eram necessárias duas pessoas para operar esse tipo de moinho, uma para provê-lo de grãos e outra para moer. Quando ainda menino, Jesus muitas vezes cuidava de dosar os grãos no moinho, enquanto a sua mãe girava o moedor.
(1350.2) 122:6.3 Mais tarde, quando a família cresceu, todos se agrupavam em volta da mesa de pedra, que foi aumentada, para desfrutarem das refeições, servindo-se do alimento em um prato comum, ou potiche. Durante o inverno, na refeição noturna, a mesa estaria iluminada por uma lâmpada pequena e achatada de terracota, cheia de óleo de oliva. Após o nascimento de Marta, José construiu uma outra acomodação, um quarto grande, usado como carpintaria durante o dia e como quarto de dormir à noite.
(1350.3) 122:7.1 No mês de março do ano 8 a.C. (mês em que José e Maria casaram-se), César Augustus decretou que todos os habitantes do império romano fossem contados; que deveria ser feito um censo de modo a poder ser utilizado para uma cobrança mais eficiente dos impostos. Os judeus sempre tiveram muita prevenção contra qualquer tentativa de “enumerar o povo” e isso, além das dificuldades domésticas com Herodes, rei da Judéia, havia conspirado para causar o adiamento, por um ano, na concretização desse censo, no reino dos judeus. Em todo o império romano esse censo ficou registrado no ano 8 a.C., exceto no reino de Herodes, na Palestina, onde foi feito um ano mais tarde, no ano 7 a.C.
(1350.4) 122:7.2 Não se fazia necessário que Maria fosse a Belém fazer esse registro — José estava autorizado a efetuar o registro por toda a sua família — , mas Maria, sendo uma pessoa dinâmica e ousada, insistiu em acompanhá-lo. Ela temia que, sendo deixada sozinha, a criança nascesse enquanto José estava ausente e, Belém não sendo longe da cidade de Judá, Maria previu a possibilidade de uma agradável visita à sua parenta Isabel.
(1350.5) 122:7.3 José praticamente proibiu Maria de acompanhá-lo, mas foi inútil; quando a comida estava sendo empacotada para a viagem de três ou quatro dias, ela preparou rações duplas e aprontou-se para a viagem. E, antes que saíssem de fato, José já se havia acostumado com a idéia de Maria ir junto e então, alegremente, eles partiram de Nazaré ao alvorecer do dia.
(1350.6) 122:7.4 José e Maria eram pobres e, como tivessem apenas um burro de carga, Maria cavalgava o animal, estando já adiantada na gravidez, junto com as provisões, enquanto José caminhava guiando o animal. A construção e a manutenção de uma casa havia sido um grande peso para José, pois ele devia também contribuir para a sobrevivência dos seus pais, já que o seu pai recentemente tinha-se tornado incapacitado para tal. E assim o casal judeu partiu da sua humilde casa, na manhã de 18 de agosto, do ano 7 a.C., para a sua viagem a Belém.
(1351.1) 122:7.5 No seu primeiro dia de viagem eles contornaram os contrafortes ao sopé do monte Gilboa, onde passaram a noite, acampados à margem do Jordão. Ali, eles perguntaram a si próprios, profundamente, sobre a natureza do filho que nasceria deles; José aderindo ao conceito de um mestre espiritual e Maria sustentando a idéia de um Messias judeu, um libertador da nação hebraica.
(1351.2) 122:7.6 Cedo, na brilhante manhã de 19 de agosto, José e Maria estavam de novo a caminho. Tomaram a sua refeição do meio-dia junto ao pé do monte Sartaba, que domina o vale do Jordão, e continuaram viagem chegando a Jericó à noite, onde pararam em uma hospedaria na estrada nos arredores da aldeia. Depois da refeição da noite e de muita discussão sobre a opressão do governo romano, sobre Herodes, sobre os registros do recenseamento e a influência relativa de Jerusalém e Alexandria como centros da cultura e ensino judeus, os viajantes de Nazaré retiraram-se para o repouso noturno. Bem cedo, pela manhã do dia 20 de agosto, retomaram a sua viagem e alcançaram Jerusalém antes do meio-dia. Visitaram o templo e tomaram, de novo, o seu caminho para chegar a Belém bem no meio da tarde.
(1351.3) 122:7.7 O albergue estava superlotado e José, então, procurou um alojamento entre os parentes distantes, mas todos os quartos em Belém encontravam-se repletos. Ao retornarem à praça na frente do albergue, José foi informado de que os animais dos estábulos das caravanas, construídos nos flancos do rochedo e situados exatamente abaixo do albergue, haviam sido retirados e que tudo estava limpo exatamente para receber os hóspedes. Deixando o asno na área à frente do albergue, José colocou os sacos de roupas e provisões sobre os seus ombros e desceu, com Maria, os degraus de pedra, até os alojamentos de baixo. Viram-se instalados naquilo que era uma sala de estocagem de grãos, na frente dos estábulos e das manjedouras. Cortinas de tendas haviam sido dependuradas e eles se deram por muito felizes de terem alojamentos tão confortáveis.
(1351.4) 122:7.8 José havia pensado em registrar-los logo em seguida, mas Maria achava-se cansada, bastante extenuada mesmo, e suplicou-lhe que permanecesse com ela e ele ficou ali.
(1351.5) 122:8.1 Durante toda essa noite Maria estivera inquieta, de forma que nenhum dos dois dormiu muito. Ao amanhecer, as pontadas do parto já estavam bem evidentes e, no dia 21 de agosto do ano 7 a.C., ao meio-dia, com a ajuda e as ministrações carinhosas de mulheres viajantes amigas, Maria deu à luz um pequeno varão. Jesus de Nazaré havia nascido para o mundo; encontrava-se enrolado nas roupas que Maria tinha trazido consigo, para essa contingência possível, e deitado em uma manjedoura próxima.
(1351.6) 122:8.2 Da mesma forma que todos os bebês tinham vindo ao mundo até então e viriam desde então, nasceu o menino prometido e, ao oitavo dia, conforme a prática judaica, foi circuncidado e formalmente denominado Joshua (Jesus).
(1351.7) 122:8.3 No dia seguinte ao nascimento de Jesus, José fez o seu registro. Encontrando- se então com um homem com quem haviam conversado duas noites atrás, em Jericó, foi levado por ele até um amigo abastado que possuía um quarto na pousada e este homem se dispôs, com prazer, a trocar de quartos com o casal de Nazaré. Naquela tarde eles se mudaram para a pousada, onde ficaram por quase três semanas, até que encontraram hospedagem na casa de um parente distante de José.
(1351.8) 122:8.4 Ao segundo dia após o nascimento de Jesus, Maria enviou uma mensagem a Isabel dizendo que o seu filho havia chegado e recebeu em resposta um convite feito a José, para ir a Jerusalém, a fim de falar de todos os assuntos com Zacarias. Na semana seguinte, José foi a Jerusalém para conversar com Zacarias. Zacarias e Isabel achavam-se ambos sinceramente convencidos de que Jesus estava destinado a se tornar o libertador judeu, o Messias; e que João, o filho deles, seria o seu principal colaborador, o braço direito no seu destino. E, já que Maria compartilhava dessas mesmas idéias, não foi difícil convencer José a permanecer em Belém, a cidade de Davi, para que Jesus pudesse crescer e se tornar o sucessor de Davi no trono de todo o Israel. Desse modo, permaneceram eles em Belém por mais de um ano, tendo José se dedicado ao seu ofício de carpinteiro durante esse tempo.
(1352.1) 122:8.5 No dia do nascimento de Jesus, ao meio-dia, os serafins de Urântia, reunidos com os seus diretores, cantaram hinos de glória sobre a manjedoura de Belém, mas esses cânticos de glória não foram escutados por ouvidos humanos. Nenhum pastor, nem quaisquer outras criaturas mortais vieram prestar a sua homenagem ao menino de Belém, até o dia da chegada de certos sacerdotes de Ur, que haviam sido enviados de Jerusalém por Zacarias.
(1352.2) 122:8.6 A esses sacerdotes da Mesopotâmia havia sido contado, há algum tempo, por um estranho professor religioso, do país deles, o qual em um sonho havia sido informado de que a “luz da vida” estava a ponto de aparecer sobre a Terra, na forma de um menino, entre os judeus. E os três sacerdotes partiram, pois, em busca dessa “luz da vida”. Após muitas semanas de infrutífera procura em Jerusalém, estavam para voltar a Ur, quando conheceram Zacarias que lhes confiou sobre a sua crença de que Jesus era o objeto da procura deles e os enviou a Belém, onde encontraram o menino e deixaram as suas oferendas com Maria, a sua mãe terrena. A criança estava então com quase três semanas de idade à época da visita deles.
(1352.3) 122:8.7 Esses sábios homens não tiveram nenhuma estrela a guiá-los para Belém. A belíssima lenda da estrela de Belém originou-se da seguinte forma: Jesus nasceu aos 21 de agosto, ao meio-dia do ano 7 a.C. Em 29 de maio do mesmo ano houve uma extraordinária conjunção entre Júpiter, Saturno e a constelação de Peixes. E é um acontecimento astronômico marcante que conjunções semelhantes hajam ocorrido aos 29 de setembro e aos 5 de dezembro do mesmo ano. Com base nesses acontecimentos extraordinários, mas inteiramente naturais, os bem- intencionados zelotes, das gerações que sucederam, elaboraram a lenda atraente da estrela de Belém e dos Reis Magos adoradores, conduzidos pela estrela, até a manjedoura, para contemplar e adorar o recém-nascido. As mentes orientais e do Oriente-Próximo deleitam-se com fábulas e inventam constantemente belos mitos sobre a vida dos seus dirigentes religiosos e dos seus heróis políticos. Na falta de uma imprensa, quando a maior parte do conhecimento humano se transmitia, de uma geração a outra pela palavra saída da boca, era muito fácil que os mitos se tornassem tradição e que as tradições finalmente acabassem aceitas como fatos.
(1352.4) 122:9.1 Moisés havia ensinado aos judeus que todos os filhos primogênitos pertenciam ao Senhor e que, em lugar do seu sacrifício, como era costume entre as nações pagãs, esse filho poderia viver desde que os seus pais o redimissem com o pagamento de cinco moedas a qualquer sacerdote autorizado. Também existia uma regulamentação mosaica que dizia que uma mãe, após um certo período de tempo, devia apresentar-se ao templo, para a purificação (ou ter alguém que fizesse o sacrifício adequado em lugar dela). Era costumeiro que tais cerimônias ocorressem ambas ao mesmo tempo. Assim sendo, José e Maria foram ao templo de Jerusalém, pessoalmente, para apresentar Jesus aos sacerdotes e efetivar a sua redenção e também fazer o sacrifício apropriado para assegurar a Maria a purificação cerimonial da suposta impureza do dar à luz.
(1353.1) 122:9.2 Nas cortes do templo estavam freqüentemente presentes duas figuras dignas de nota, Simeão, um cantor, e Anna, uma poetisa. Simeão era da Judéia e Anna, da Galiléia. Esses dois estavam quase sempre juntos e ambos eram íntimos do sacerdote Zacarias, que havia confiado o segredo de João e Jesus a eles. E, tanto Simeão quanto Anna, ansiavam pela vinda do Messias e a sua convicção em Zacarias levara-os a acreditar que Jesus fosse o libertador esperado do povo judeu.
(1353.2) 122:9.3 Zacarias sabia o dia esperado para José e Maria aparecerem no templo com Jesus; e acertou com Simeão e Anna, antecipadamente, que indicaria, com a saudação da sua mão levantada, qual, na procissão das crianças recém-nascidas, era Jesus.
(1353.3) 122:9.4 Para essa ocasião Anna havia escrito um poema que Simeão passou a cantar, para surpresa de José, de Maria e de todos os que estavam reunidos nos pátios do templo. E o hino deles, para a redenção do filho primogênito, foi assim:
(1353.4) 122:9.5 Abençoado seja o Senhor, Deus de Israel,
(1353.5) 122:9.6 Que nos visitou e trouxe a redenção ao seu povo;
(1353.6) 122:9.7 A trombeta da salvação, Ele fez soar por todos nós
(1353.7) 122:9.8 Na casa do seu servo Davi.
(1353.8) 122:9.9 Assim como falou da boca dos seus sagrados profetas
(1353.9) 122:9.10 -Salvação dos nossos inimigos e da mão de todos aqueles que nos odeiam;
(1353.10) 122:9.11 Para mostrar misericórdia para com os nossos pais, na lembrança da Sua santa aliança — ,
(1353.11) 122:9.12 O juramento que fez a Abraão, nosso pai,
(1353.12) 122:9.13 De conceder-nos que nós, sendo libertados da mão dos nossos inimigos,
(1353.13) 122:9.14 Pudéssemos servir a ele sem temores,
(1353.14) 122:9.15 Em santidade e retidão perante ele, por todos os nossos dias.
(1353.15) 122:9.16 E que tu, assim, menino prometido, sejas chamado de Profeta do Altíssimo;
(1353.16) 122:9.17 Porque irás, diante do semblante do Senhor, estabelecer o Seu Reino;
(1353.17) 122:9.18 Dar conhecimento da salvação a Seu povo
(1353.18) 122:9.19 Em remissão dos seus pecados.
(1353.19) 122:9.20 Regozijemos com a doce misericórdia do nosso Deus, porque veio nos visitar a aurora do alto
(1353.20) 122:9.21 Para resplandecer sobre aqueles que estão nas trevas e na sombra da morte;
(1353.21) 122:9.22 Para guiar os nossos pés nos caminhos da paz.
(1353.22) 122:9.23 E, pois, deixemos agora o Vosso servo partir em paz, Ó Senhor, conforme a Vossa palavra,
(1353.23) 122:9.24 Pois os meus olhos viram já a Vossa salvação,
(1353.24) 122:9.25 Que por Vós foi preparada diante da vista de todos os povos;
(1353.25) 122:9.26 Luz que resplandece para esclarecimento mesmo até dos gentios
(1353.26) 122:9.27 E para glória do nosso povo de Israel.
(1353.27) 122:9.28 De volta a Belém, José e Maria permaneceram em silêncio — confusos e intimidados. Maria encontrava-se bastante perturbada pelas palavras de despedida de Anna, a poetisa anciã, e José não se sentia bem em harmonia com aquele esforço prematuro de fazer de Jesus o Messias prometido do povo judeu.
(1353.28) 122:10.1 Os informantes de Herodes, todavia, não permaneceram inertes. Quando reportaram a ele sobre a visita dos sacerdotes de Ur a Belém, Herodes convocou esses caldeus a aparecerem diante de si. E, insistente, ele inquiriu a esses homens sábios sobre o novo “rei dos judeus”, mas eles deram-lhe pouca satisfação, explicando apenas que o menino nascera de uma mulher que viera a Belém com o seu marido para comparecer ao censo. Herodes, não satisfeito com essa resposta, despediu-os, dando-lhes uma bolsa de dinheiro; e mandou-lhes que encontrassem a criança para que também ele pudesse ir lá e adorá-la, já que eles haviam declarado que o Reino dela devia ser espiritual, não temporal. Todavia, ao perceber que os sábios não voltariam, Herodes encheu-se de suspeitas. E, enquanto ele pensava nisso, os seus informantes voltaram e lhe fizeram um relato completo das ocorrências recentes no templo, trazendo-lhe uma cópia de partes da canção de Simeão, que havia sido cantada nas cerimônias de redenção de Jesus. No entanto, eles não seguiram José e Maria; e Herodes ficou irado com eles, quando viu que não podiam dizer para onde o casal tinha levado a criança. Então, despachou espiões para localizar José e Maria. Sabendo que Herodes perseguia a família de Nazaré, Zacarias e Isabel permaneceram longe de Belém. O menino ficou escondido com uns parentes de José.
(1354.1) 122:10.2 José temia procurar trabalho; e as suas poucas economias estavam desaparecendo rapidamente. Mesmo na época das cerimônias de purificação no templo, José considerava-se pobre o suficiente para limitar a dois pequenos pombos a sua oferta para Maria, como Moisés havia determinado, para a purificação das mães, entre os pobres.
(1354.2) 122:10.3 Quando, após mais de um ano de buscas, os espiões de Herodes não haviam achado Jesus; e em vista da suspeita de que a criança ainda estava escondida em Belém, Herodes preparou uma ordem comandando fosse feita uma busca sistemática em todas as casas de Belém, e que todos os bebês meninos de menos de dois anos fossem mortos. Desse modo Herodes esperava assegurar-se de que tal criança, que haveria de tornar-se o “rei dos judeus”, fosse destruída. E assim pereceram, em um só dia, dezesseis bebês meninos em Belém da Judéia. A intriga e o assassinato, mesmo na família imediata de Herodes, assim, eram acontecimentos corriqueiros na sua corte.
(1354.3) 122:10.4 O massacre desses infantes aconteceu em meados de outubro, do ano 6 a.C., quando Jesus tinha pouco mais de um de ano idade. Mas havia crentes no Messias vindouro, até mesmo no séquito da corte de Herodes, e um desses, sabendo da ordem de assassinar os meninos de Belém, comunicou-se com Zacarias, e este por sua vez despachou um mensageiro até José; e, na noite anterior ao massacre, José e Maria partiram com a criança, de Belém para Alexandria, no Egito. Para evitar atrair a atenção, eles viajaram sozinhos com Jesus, para o Egito. Foram para Alexandria com o dinheiro providenciado por Zacarias, e lá José trabalhou no seu ramo, enquanto Maria e Jesus alojaram-se com parentes abastados da família de José. Eles permaneceram em Alexandria por dois anos inteiros, não retornando a Belém senão depois da morte de Herodes.

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O REINO CRÍSTICO ESTÁ DENTRO E FORA DE VOCÊ - MAORI MOJAVE - Andromedalive,



O REINO CRÍSTICO ESTÁ DENTRO E FORA DE VOCÊ - MAORI MOJAVE - Andromedalive,


Vemos que no passado e no presente o ser humano em sua maioria mantém o que chamamos de apoiadores psicofisiológicos os mais diversos sejam cristais, pedras, amuletos, mantras, palavras de força, palavras de afirmação, e etc e estes apoiadores ou andaimes conscienciais possuem sua importância, pois afinal, neles também há uma centelha divina da criação desde que o Universo é o Universo. Agora, também existe a sua força individual, independente de variáveis externas que se utiliza com precisão cirúrgica dos atributos da consciência: sejam , a força de vontade própria inquebrantável, a imaginação criativa que faz com que você transponha as inúmeras dimensões sem necessidade de nenhuma força externa. Isto é uma lei fundamental que sempre observamos na multidimensionalidade : que quanto mais alto você quer subir na escala dimensional, mais força sua interior é necessária para ir à dimensão intuitiva, espiritual, monádica e divina ou logóica. Nesses níveis a pessoa é tão auto-suficiente que dispensa qualquer força externa a si e atinge um estado que chamamos de Estado Vibracional, em que ondas energéticas intensíssimas se movimentam à incrível velocidade para cima e para baixo, da cabeça aos pés e basta apenas que você queira fazer isto. Este procedimento faz com que você use a sua energia divina por si próprio e resgatar o que realmente você é : um ser com infinitas possibilidades. Para atingir os níveis superiores ou dimensões superiores,você deve estar mais despido de apoiadores ,é necessário para que possa receber os ensinamentos multidimensionais. Quanto mais você agir nas dimensões superiores sem estes andaimes externos, mais lucidez, mais Luz, mais conhecimento se consegue com mais rapidez. Nós da nave Shan percebemos esta necessidade, quando saímos de nosso corpos à noite ou mesmo de dia : até a dimensão mental usamos as naves espaciais que são os nossos apoiadores, mas para chegar à dimensão seguinte, a intuitiva, a nave desaparece e os nossos corpos parecem apenas siluetas ou vagamente corpos ou às vezes apenas corpos de luz na dimensão sexta, e nas dimensões seguintes notamos que somos apenas pontos de luz coloridos interagindo com outros pontos. E nessas dimensões, não estamos usando nenhum tipo de apoiador psicofisiológico ou apoio externo. Agora, entendam bem, os referidos apoios também são centelhas divinas de energia e não devem ser jogadas fora se você as usa e acredita nelas: porque elas são fundamentais para manter sua auto-defesa nos planos físico, etérico, astral e mental : elas seriam facilicitadores seus para que desenvolva outros processos da consciência estando nos níveis inferiores. Há gente que volta da Isla de Pascua ou Rapa Nui, por exemplo e traz certos apoios energizadores como pedras vulcânicas desenhadas e colares e outros objetos e eles cumprem seu papel de auto-defesa aqui nos planos inferiores. Por isso, nesse momento acabo de mudar o título deste artigo para O REINO CRÍSTICO ESTÁ DENTRO E FORA DE VOCÊ, afinal TODOS SOMOS UM SÓ e os apoios energéticos , também. Também, se você, desde o início não utiliza nenhum tipo de apoio psicofisiológico, pensando que utilizando só o atingimento do chamado Estado Vibracional, isto mostra certas características psicológicas: primeiro, talvez a arrogância e a noção errada de independência total o que não ocorre no Universo, pois afinal tudo e todos são interdependentes, que é uma limitação a nível mental que te impede de chegar a o nível intuitivo, pois este último nível jamais é prepotente e possivelmente este ser se considerar tão independente que nem aceita que exista um nível superior ao mental, por isso fica limitado ao mentiroso e tacanho nível mental e ainda impede que nos níveis inferiores utilize a importância de alguns apoiadores psicofisiológicos que poderiam ser interessantes utilizar nos níveis físico, astral e mental. Para concluir tanto o Estado Vibracional quanto os apoiadores psicofisiólogicos contém energia necessária para a ascensão.

O ser humano há tanto tempo se esqueceu de sua origem extrafísica, extra-terrestre ou divina que a partir de um certo momento de sua evolução começou a procurar o Reino Divino fora de si, enquanto que o verdadeiro conhecimento e Luz está entranhado em suas próprias células, no seu próprio íntimo. Esqueceu quem era e agora sofre para se achar neste Universo interno e externo que criou : não tem lucidez, não sabe que caminho seguir ou passa por vários caminhos sem chegar a ponto nenhum, sofre porque em algum ponto de sua evolução fez coisas contrárias as leis universais e vive num beco sem saída literalmente, pois até existe uma barreira de frequência ou MATRIX que o restringe ainda mais para complicar as coisas. Agora vamos analisar melhor como o ser humano faz sua busca interior.

A busca interior espiritual não é algo exclusivo dos indivíduos errantes e dos monges solitários. Inúmeras pessoas comuns embarcaram numa jornada para conhecer a si mesmas mais profundamente e, com a experiência, aprender de que modo cumular suas vidas de bens de dentro para fora. Para a maioria das pessoas, a meta consciente é , a princípio simplesmente como se sentir melhor e como ter uma vida mais produtiva e satisfatória. Aqueles que estão envolvidos com a busca anterior já aprenderam que isso deve ser levado a cabo, não pela aquisição de mais dinheiro, muito menos pela troca do parceiro atual por um melhor, mas, em vez disto, pelo exame mais profundo de nossa mente e de nossos sentimentos, de nossas crenças, esperanças, sonhos, enganos e medos.

Assim, trabalhamos para que encontremos uma terapia que se adapte melhor, um caminho que leve aonde precisamos ir. A grande e espantosa variedade dos caminhos comuns e das terapias é um testemunho da diversidade dos seres humanos e da coragem de sua busca. Suponha que em tempo descubramos que nossos esforços deram frutos e verdadeiramente aprendamos a nos conhecer mais profundamente, e que disso advenha um grau maior de felicidade e alegria. E daí ?Alguns podem preferir onde estão. Outros percebem que o caminho ainda continua.

Depois daquilo que às vezes envolve muitos anos de trabalho consigo mesmo, o buscador chega a um limiar que dá para um caminho inteiramente novo de trabalho. Transpor esse limiar implica uma profunda mudança de perspectiva, não apenas no trabalho, mas na concepção do eu como um todo. A essa altura, o trabalho torna-se cada vez mais espiritual, e requer o aprendizado de um novo relacionamento com o conceito e a experiência da entrega - coisa que os arrogantes, por exemplo, não querem fazer.

Este artigo não se refere a curas de mágoas de infância, melindres, mágoas, ou variáveis emocionais que podem ser tratadas com qualquer psicoterapeuta. Este artigo e outros que virão a diante dizem respeito a como se aprender a se entregar ao Absoluto Criador Incriado ou Deus, como preferirem. É aprender como estar em harmonia. É aprender como pôr todas as suas moléculas, pensamentos e sentimentos em harmonia com aquilo que é divino.Esse é um trabalho espiritual, em oposição ao trabalho psicológico ou emocional.

Viemos à Terra com uma missão particular, uma tarefa de purificação e transformação. O eu real traz em si, na encarnação, aspectos da consciência separadas que devem ser levados à união para que possa florescer o amor universal. Ademais, essa tarefa deve ser cumprida na Terra, território do sofrimento, da injustiça e da aparente imperfeição. Só nesse ambiente é que as imperfeições em nós que precisam de atenção, podem vir à tona e revelar-se para serem reparadas. Quando assimilamos e aprendemos sinceramente a ter fé nessa verdade, somos abençoados pela alegria e pela compreensão mais ampla.

Outro ensinamento central é a importância - a necessidade absoluta - de reparar em todos os aspectos de nós mesmos, especialmente nas partes de que talvez não gostemos. Só na exposição destemida e na aceitação do negativo em nós é que podemos transformar e liberar a energia que esse lado negativo andou concentrando. Revelar nossas energias obscuras e destrutivas, não só nos ajuda a começar a sanar os problemas de nossa personalidade, como também nos eleva ao domínio em que podemos começar a nos entregar à nossa personalidade e a nos harmonizar inteiramente com o mais Alto. E este trabalho, limpando o seu porão da consciência ajuda a enfraquecer a MATRIX que a tanto tempo oprime a Terra.

É difícil entender o verdadeiro sentido do ensinamento de que o Reino de Deus está dentro de nós. Muitos imaginam que isto diz respeito a um estado de espírito e, portanto, a algo irreal que não pode ser apreendido. As pessoas só consideram real o que podem ver e tocar e os estados de emoção não podem ser vistos nem tocados. Quando explicamos a vocês que os pensamentos e os sentimentos são formas, pode ficar um pouco mais fácil entender que essas formas compõem esferas e paisagens correspondentes. Essa explicação, entretanto, ainda pode não deixar claro como tudo existe interiormente.Os seres humanos acreditam que não existe nenhum espaço interior para paisagens e esferas - uma simples experiência multidimensional comprova isto - e como não entendem porque nunca experenciaram fica difícil explicar apenas em palavras, por isso queremos ainda tentar levá-los a uma introvisão maior sobre os estados de espírito.

Assim como o tempo na Terra é inteiramente diferente de sua verdadeira realidade do espírito, o espaço é igualmente diferente. As dimensões do espaço - expressões como em cima, embaixo, direita e esquerda são idéias que vocês podem apreender no seu habitat primitivo, mas não existem dessa forma na dimensão espiritual. Quando os seres humanos se despem do corpo, eles adentram os mundos espirituais, porque o Universo inteiro está, em última análise, dentro do ser humano. Isto é fato.

Talvez vocês possam compreender essa ideia se eu lhes der um exemplo, mesmo que insatisfatório : pensem em binóculos de teatro nos quais vocês olhem pelo lado contrário, de forma que todas.as coisas ficam muito pequenas. Essa pequena imagem de acordo com a compreensão limitada de vocês. Ora, vocês poderiam formular a pergunta sobre como todo o Universo, com todo o seu tamanho, poderia existir em cada ser humano. Nós responderíamos da seguinte maneira : o mundo terreno de vocês não é o verdadeiro, nem mesmo em sentido figurado e simbólico ; ele é apenas um reflexo, a imagem num espelho, uma projeção do real. Ou melhor, ele é apenas um relexo diminuto das outras dimensões. Vimos muita gente sonambulizada, dentro da MATRIX, mesmo até com um certo grau de espiritualidade que diz : rapaz, você tem priorizar o plano físico, pois afinal você tem um trabalho, pois está encarnado aqui. Só que o corpo físico é o de mais baixo nível, e você veio à Terra para ascender e ligar todos os corpos ao mesmo tempo, pois você é um Deus menor. Você venho aqui para priorizar também o corpo astral da dimensão astral, o corpo mental da dimensão daquele nome, o Eu Superior da dimensão intuitiva, o corpo de luz, da dimensão espiritual, a mônada, da dimensão monádica, o corpo divino e logóico, da dimensão divina ou logóica e outros corpos mais. Portanto, se você apenas priorizar apenas o plano tri, tetra e penta dimensional está esquecendo dos outros quatro superiores : o intuitivo, o espiritual, monádico e o divino,ou seja a sua evolução é pela metade. O novo homem, que povoará esta Nova Terra viverá em nove dimensões e não só em cinco, como atualmente. Tomem nota disto. E também pensem que estes últimos quatro corpos são ascendentes em relação aos inferiores e só o seu corpo físico, emocional e mental é que estão encarnados, e os outros superiores, jamais encarnaram e nunca vão encarnar em realidade. Portanto, cuidado com instituições que só falam de trabalho no máximo até a dimensão mental ou que digam vocês têm que colocar os pés no chão, porque este tipo de agenda é originária dos seres regressivos extra-terrestres e do governo secreto, que não querem que você ascenda para as dimensões do Eu Superior. Conheço várias casas espiritualistas, apesar da boa-intenção que só modificam váriáveis até o nível mental, mantendo o ser espiritual desligado do resto dos corpos, principalmente os seres chamados walkins e entrantes e atrapalham em muito o desenvolvimento destes. E estes podem se livrar das amarras destas instituições ditas espiritualistas das ações dos seres obscuros e que querem manter tudo na mesma. Só uma parte de você é que está encarnada, nunca todas. Ou melhor apenas uma parte pequena sua está encarnada, outra não.

Gostaríamos de enfatizar de novo : quando falamos da realidade interior nesse contexto, não nos referimos simplesmente a um estado psicológico ou emocional. A realidade interior é o grande Universo. Como personalidades, vocês estão na fronteira. Num lado, está este espaço interior vasto e sem fim da criação divina, em que cada estado concebível da consciência, da expressão e da condição existem ; de outro, está o vácuo exterior, que tem que ser preenchido com a consciência e com a Luz, com o Amor e com a Vida. O corpo material de vocês é a fronteira, o estado-limite. A consciência que fundamenta o corpo é o agente condutor cuja tarefa é levar a realidade interior da pessoa para o vazio. A única dificuldade é que os que estão nesse estado-limite não raro esquecem que a realidade interior é muito real, ou até mesmo que há um mundo como esse além do domínio da matéria.

A escuridão da mente limitada torna quase impossível pensar num mundo verdadeiro existindo no interior de vocês ou através de vocês, um mundo que leve a uma realidade refletida. Só o espaço do estado da consciência tridimensional parece realidade ; no entanto, até mesmo físicos da Terra atualmente sabem que a relação do tempo, espaço, movimento é de infinita variedade e, portanto, o contínuo de tempo/espaço/movimento do mundo próprio do estado de consciência de vocês é relativo, constitui apenas uma de muitas possibilidades, em vez de uma realidade fixa, exclusiva, apliclável a todos os interiores. Quando uma consciência humana morre por assim dizer, o que de fato acontece é que ela recua de sua concha para mais um contínuo do tempo/espaço/movimento, que é o mundo interior.

Estar no corpo, o qual abriga o Espírito, acarreta uma separação. O momento em que essa parede divisória vem abaixo porque você deixam o corpo, o Universo que existe em cada ser humano singular se torna unificado - evidentemente, com a condiçao de que vocês tenham se desenvolvido suficientemente para chegar às esferas onde não existe mais nenhuma separação. Quando mais baixa a esfera em que uma entidade se encontra - esteja ela aqui e agora, esteja no além - mais radical deve ser a separação.

Assim como o tempo, o espaço e a relação de movimenta para o tempo e espaço dentro da realidade específica de vocês são consequências de um estado de consciência correspondente, as paisagens,os objetos, as condições, as leis naturais, a atmosfera e o clima também são resultados dos estados específicos de consciência. O mundo interior de vocês é, assim , um produto total do estado de consciência de vocês como um todo. Nesse mundo interior, vocês se ligam aos outros cujo estados de consciência como um todo se aproxima do seu, de modo que vocês partilham uma esfera de realidade de realidade temporária criada em comum. Essa norma mesma se aplica, evidentemente, a esta esfera da Terra, com a única diferença de que os estados interiores são exteriorizados na Terra de um modo que amiúde torna mais difícil discernir a realidade interior. Imagine se a maioria da população sonambulizada da Terra se deixasse priorizar pelos corpos superiores do intuitivo adiante por um momento, a MATRIX se tornaria inoperante e seria uma casca sem função, porque ninguém estaria dominada por ela.

Vocês também sabem que a própria consciência de vocês não é um único estado unificado. Vocês consistem em muitos aspectos da consciência que frequentemente podem estar em total desacordo entre si, e cujo estado de desenvolvimento pode variar amplamente.

Quando o eu multidimensional resolve assumir uma tarefa antes de encarnar, ele escolhe levar consigo certos aspectos da consciência. No caminho, vocês são ajudados a levar a cabo essa tarefa, que o eu multidimensional de vocês compreendeu e que é estabelecer a unificação entre os aspectos sem vínculo da consciência e também aperfeiçoar, reeducar e purificar esses elementos divergentes. O ego de vocês, que é a consciência ativa, determinante e exterior, pode optar por procurar certo entendimento dessas ligações, ou fugir dele. O conhecimento do ego de vocês é o limite entre o mundo da luz interior e o vazio exterior. Quando a mente humana fica embaraçada na realidade parcial da consciência tridimensional, ela pode facilmente esquecer sua tarefa. Só por meio do esforço é que ela pode ser despertada novamente para a consciência superior. Também poderia acrescentar que os seres humanos recebem uma grande quantidade de orientação espiritual nessa batalha, bastando apenas que estejam dispostos a perceber a ajuda.

Quando a mente sem ligação esquece a verdade superior do ser, o eu do ego consciente se identifica temporariamente com os aspectos que precisam de reeducação e purificação ; então ele perde certo sentimento de sua identidade real. Esse estado extremamente doloroso dá-se apenas quando o orgulho, a obstinação e o medo conseguem governar a consciência. O momento em que você se expôs, possuiu e verdadeiramente valorizou esses aspectos negativos com que você se identificou exclusivamente, e que se empenhou em não ver, esse isolamento vergonhoso termina, e os aspectos são vistos exatamente pelo que são : apenas aspectos do eu total.

Portanto , é extremamente importante, que vocês examinem a si mesmos e parem de esconder a parte negativa da sua personalidade. Quanto vocês mais a escondem, mais se perdem, nela e maior se torna o desespero da ilusão. Só quando vocês tomam coragem e adotam a humildade para reconhecer repetidas vezes e expor as partes negativas da personalidade é que ocorre o milagre : então, vocês não se identificam mais secretamente com os aspectos da sua personalidade que vocês procurem esconder. Por paradoxal que pareça à primeira vista, quanto mais vocês expõem sua parte destrutiva, mais vocês conhecem a sua beleza ; quanto mais vocês expõem seu ódio interior e todos os seus derivados , mais vocês têm consciência do estado de amor que já existe em vocês e que pode brilhar até o fim.

Nós insistimos na autoconscientização e na desrepressão porque esta variável é a que mais impregna a barreira de frequência ou MATRIX com um conteúdo negativo que impede a entrada de energias cósmicas novas. Imaginem, só meus amigos, a situação bastante penosa e difícil em que vocês colocam quando escondem aquilo de que mais se envergonham. É precisamente por causa desta ocultação que vocês criam atitudes que mais odeiam em vocês em vocês mesmos. Vocês as tornam infinitamente piores com os gestos que encobrem, e depois vocês se tornam cada vez mais convencidos, nos níveis mais profundos da consciência, de que elas constituem o seu eu real. Esse círculo vicioso faz com que vocês fiquem mais determinados a esconder e, portanto, vocês se sentem mais isolados, mais pessimistas e destrutivos justamente por causa desses métodos de ocultação. Pois ocultar sempre implica projetar a culpa real nos outros, a recriminação, o ato de encobrir o erro, a hipocrisia e assim por diante. Por conseguinte, vocês se tornam mais convencidos de que a parte encoberta é a imagem máxima de vocês mesmos para quem não há esperança nenhuma. A verdadeira tarefa de vocês deve começar pela total exposição de vocês mesmos. Afirmamos isso muitas vezes, simplesmente porque não há um oposto para este aspecto do desenvolvimento espiritual. Todos os buscadores do desenvolvimento espiritual evitam isso, enganam-se e devem, num momento ou outro, deparar um despertar difícil e doloroso. Vocês têm de passar por esse processo ; têm de expor todas as partes de vocês. Essa exposição, no entanto, também traz em sua esteira a consciência de que a pior opinião de vocês mesmos nunca se justifica, independentemente da feiúra dos traços e atitudes que você escondem. Elas nunca se justificam porque essas partes são tão-somente aspectos isolados da consciência total de que seu eu real real se encarregou.

À medida que passam por estes estágios, vocês têm consciência do seu Eu Superior, não como uma teoria nem como uma premissa filosófica, mas como simples realidade, bem aqui e agora. Vocês se sentem como a entidade real que são, que sempre foram e serão, independentemente do que os aspectos isolados da consciência criam na forma de ilusão e loucura. Essa , é de fato, uma tarefa difícil e maravilhosa ! Ao fazê-lo, vocês aprendem mais sobre a realidade interior de vocês e sobre todos os seus variados aspectos e níveis de consciência. Vocês passam a ver o acontecimento exterior com relação a sua paisagem interior. Esta não é mais uma simbologia colorida. Ela é a dura realidade.

A analogia às vezes usadas em sonhos, bem como em outra linguagem simbólica, é que a estada de alguém num corpo humano é uma jornada. Essa analogia revela uma verdade profunda : o caminho interior está em constante movimento através dos estágios da matéria da alma por que se deve passar. Essa jornada, aliás, não é apenas uma palavra. Trata-se de um movimento de fluxo constante. E assim é o caminho pessoal de vocês. Ele é o movimento. Carrega vocês pelas suas paisagens. Leva-os à paisagem do Eu Superior., que é belo e que irradia Luz ; mas se a tarefa que você vêm cumprir é abandonada, vocês não têm a experiência desta bela paisagem com muita frequência, porque ficam estagnados e se detém nas paisagens de outros aspectos da consciência que ainda não se uniram e integraram com o eu real.

O que acontece quando você recuam, depois de um período de vida, para o Universo interior com esses aspectos variados da personalidade de vocês ? Vocês vivem nele alternadamente. Os aspectos em cuja unificação vocês não tiveram êxito com o Eu Superior continuam a ser fragmentos separados nos mundos de vocês criados por si mesmos. Vocês às vezes devem habitar estes mundos isolados ; a quantidade de tempo, por falta de uma palavra melhor, depende da intensidade de cada estado. Cada um será, na verdade, um mundo como esse mundo material, por exemplo, mas com condições, dimensões e leis diferentes, que aparecem a única realidade pelo tempo em que a mente fixa nelas, assim como essa esfera parece a única realidade enquanto vocês estão concentrados exclusivamente nela. Todos esses mundos são mundos de consciência e ação. Já que vocês têm muitos aspectos, habitarão em muitos mundos.E a outra detalhe a ser considerado nesta situação : os seres regressivos aproveitarão esta desfragmentação de personalidade para colocar vários aparelhos parasitas limitadores de vontade, bem como vão criar vários clones extrafísicos seus, para que você nunca o estágio de encontrar seu Eu Superior ; e, infelizmente isto é que mais ocorre nos dias atuais com os seres sonambulizados e totalmente dominados pela MATRIX. Enquanto a consciência está concentrada em qualquer um desses mundos exteriores, vocês esquecem a verdadeira identidade de vocês; passam a viver exatamente como um ser humano vive, ignorando a sua real identidade divina enquanto só se identificam com os aspectos menos desenvolvidos do ser. Então, na verdade, a permanência temporária nos mundos inferiores desses aspectos parece final no tempo em que dura. Essa finalidade é uma ilusão, mas só quando vocês estão na realidade superior do mundo de Luz é que vocês sabem que a única realidade final é a Beleza, o Amor, a Verdade, a Luz e a Benção. Todos os outros estados são temporários.

Além de certo nível de desenvolvimento, cada ser espiritual chega a um estado de purificação em que é capaz de se entregar ao fluxo divino, dissolvendo-se e fundindo-se neste fluxo. E ele também pode reconstituir esses fios fluidos, de modo que uma vez mais se torne uma entidade de forma e aspecto, embora de uma substância tão aprimorada, que os seres que não chegaram a esse estágio elevado de desenvolvimento não a podem perceber.

Todos podem ouvir um eco distante desse sentimento abençoado de fusão na unidade quando tomados de um sentimento de grande benção. Talvez vocês possam perceber como anseiam por eliminar o eu, não apenas na união de amor, mas também em todas as grandes experiências da alma, quando ela é alçada à proximidade do Absoluto Criador Incriado, independentemente do modo como isto ocorra - por meio da natureza, da música, da meditação, ou quando consciências mais evoluídas contatam vocês. Então, de fato, você sente que o seu o corpo estabelece limites, e vocês querem romper com estes limites para que possam entregar-se ao fluxo e combinar-se com ele. É possível que nunca tenham pensado nestas coisas, mas vocês provavelmente confirmarão que , às vezes, tiveram sentimentos assim.

Quando menos purificada a alma - e não refiro apenas aos erros e fraquezas, mas, também à ansiedade, e às tendências nocivas à saúde - mais a pessoa tem medo da entrega, apesar de querê-la muito. Quanto mais espiritualizada for a alma, menos ela resistirá à entrega. Há filosofias que chegaram à conclusão de que esse estado é o destino final da humanidade ; entretanto, isso não é a verdade. Conquanto haja uma fusão e uma dissolução, a individualidade, o eu - a consciência não está perdida. Uma vez mais, esses seres haverão de adquirir os fios fluidos e, do estado do ser puro, passarão ao estado de fazer aquilo que o Cosmos propôs ou seu Plano Evolutivo Maior. Nesse estágio, a pessoa tem de se tornar uma forma completa e harmoniosa. E já que Deus é o criador , esse processo também ocorre dentro de Deus.Pois tudo está dentro dele.

A nível pratico, no planeta Terra, hoje, se verifica várias personalidades desconectadas do Eu Superior, possuindo, como dizem , algumas áreas de estudo em que se vê várias consciências com vários níveis de consciência ou clones extrafísicos, parecendo que se tratam de indivíduos diferentes, mas analisando acuradamente é a mesma consciência multifragmentada em tipos psicológicos diferentes e até em oposição entre si. Por exemplo : podemos ver um ser que num nível dimensional astral é um "garanhão extrafísico", enquanto que noutra dimensão astral é um padre celibatário. Podemos ver uma mulher extremamente apaixonada e amorosa em relação ao parceiro físico, mas extrafisicamente possui um outro marido e muitas vezes, tais casos acontecem para que se limpe algum processo cármico que ainda exista, pois os romances extrafísicos, na maioria dos casos são positivos, podem ajudar na unificação do ser em vários casos. Mas outra problema que também ocorre é a implantação de aparelhos parasitas limitadores de vontade que drenam a energia da vítima ao máximo, fazendo com ela se sinta cansada em várias dimensões ao mesmo tempo. Também sabemos que estas coisas e situações só ocorrem por invigilância do ser que é vítima nestes casos. Se ele aplicasse o método simples do ORAI E VIGIAI nada disso aconteceria e nenhum ser regressivo ou do governo secreto ou qualquer assediador poderia fazer qualquer coisa contra nós.


"O OLHO COM QUE VEJO DEUS É O MESMO OLHO COM QUE DEUS ME VÊ".

"UMA VEZ QUE ACEITAMOS A EXISTÊNCIA DE DEUS, SEJA QUAL FOR A NOSSA INTERPRETAÇÃO SOBRE ELE, SEJA COMO FOR QUE EXPLIQUEMOS NOSSA RELAÇÃO COM ELE, SUA PRESENÇA NO CENTRO DAS COISAS NOS SATISFARÁ PLENAMENTE PARA SEMPRE".

"EM NENHUM LUGAR PODE UMA MENTE ENCONTRAR REFÚGIO MAIS PLENO DE PAZ, NEM MAIS LIVRE DE CUIDADOS, DO QUE EM SUA PRÓPRIA ALMA".

"MINHA MISSÃO SOBRE A TERRA É RECONHECER O VAZIO DENTRO DE MIM E AO REDOR DE MIM. E PREENCHÊ-LO'',


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