Participantes: Aní Maritumi.
Bem, saudações a todos mais uma vez. Eu sou Anielh,
representante da Escola de Curadores de Aurora.
Eu gostaria de dar continuidade à nossa conversa de ontem,
a nossa conversa sobre os anais da história do planeta. Mas hoje eu gostaria de
conversar com vocês um pouco sobre as potencialidades da alma. Eu gostaria que
nós conversássemos hoje um pouco a respeito das potências ocultas da alma
humana.
Muito bem. Nós, de acordo com a nossa própria tradição, de
acordo com as nossas formas de traduzir a sabedoria antiga, a sabedoria
planetária, nós agrupamos as capacidades intelectuais, psíquicas, anímicas do
ser humano em sete grandes grupos - obedecendo o padrão setenário que nós
observamos como imperante na natureza.
Bom, a centelha divina tem... A centelha divina é uma
radiância. Eu sei que essas palavras são alegóricas e são palavras que apontam
para realidades subjetivas e abstratas, mas acompanhem-me nessa linha de
pensamento. A centelha é uma radiância, é radiância da Consciência Universal.
Ela é um raio dessa Consciência Universal e, assim como um raio de luz tem
radiância, assim também a centelha, a Mônada, se vocês quiserem chamar, também
possui uma radiância.
Nossos videntes mais antigos, os exploradores dos
mistérios da natureza mais antigos na Fraternidade Planetária chegaram a
observar que essa radiância é sétupla. Ela possui sete grandes camadas ou
faixas vibratórias que correspondem - de certa maneira correspondem, mas não
são - por analogia e pela lei de correspondência, estão relacionados a sete
estados da matéria que sucessivamente se ativam em e se tornam
predominantes, ou pelo menos, predominantes para a percepção de uma
entidade humana ao longo do desenvolvimento de um planeta.
Cada uma dessas camadas da radiância está ligado com um
grupo de potências ocultas, um grupo de poderes anímicos.
A primeira camada dessa radiância se ativa quando a
centelha, quando a mônada está fazendo sua experiência na primeira densidade.
Então, essa primeira camada ela se ativa e amadurece. Essa primeira camada da
radiância ela está ligada, claro, ao despertar da consciência e, no que se
refere às potências que vão se manifestar após a individualização, essa
primeira camada, nós a descrevemos genericamente como a potência da
multidimensionalidade. Esse é o primeiro atributo da consciência. Não primeiro
por conta de uma ordem, mas porque obedece a esse amadurecimento progressivo
que a mônada vive ao longo das etapas de manifestação. Então, a primeira camada
da radiância está ligada à multidimensionalidade, ou seja, à capacidade da
consciência de experimentar diferentes dimensões.
Bom, como na primeira densidade é exatamente isso que está
sendo amadurecido até certo ponto, isso se expressa tanto pela capacidade da
substância em assumir diferentes formas, porque a substância básica que está
presente na primeira densidade ela se aglutina - não é mesmo? - para formar
todos os corpos, todas as formas. Então, essa capacidade da
multidimensionalidade está presente aí dessa forma. E na consciência ela vai
amadurecendo para perceber, para estar consciente, para funcionar ativamente em
diferentes linhas de tempo-espaço, perceber as diferentes dimensões do
tempo-espaço e transitar entre elas. É claro que isso é ativado como potência
na primeira densidade mas não se expressa de uma forma que vocês, pelo menos, compreenderiam,
vocês como entidades individualizadas, compreenderiam como a palavra
multidimensionalidade. Mas, o funcionamento da consciência na primeira
densidade, nos reinos de vida ligados à primeira densidade é de natureza
multidimensional.
Quando vocês começarem a explorar mais profundamente, sem
véus, os reinos que se expressam na primeira densidade, como algumas
hierarquias do reino elemental, algumas hierarquias do reino dévico e parte do
próprio reino mineral, ou os próprios elementos, vocês vão perceber que a
despeito de aquilo que vocês chamam de consciência e que vocês sempre atrelam à
noção de uma consciência individualizada, a despeito de que essa forma de
consciência não esteja presente ali, ainda assim, a consciência que há ali,
embora não individualizada, e talvez exatamente por isso, goze de plena
multidimensionalidade. Para a consciência dos elementos não há tal coisa como
uma densidade ou outra, uma vez que a consciência ali funciona na raiz do
fenômeno da consciência e, portanto, de modo incipientemente unitário.
Mas prossigamos, porque o que lhes interessa é como esses
potenciais se expressam em seu estado atual e no estado próximo em que vocês se
encontrarão.
Bom, quando as mônadas progridem à segunda densidade,
então, a natureza começa a operar na ativação e amadurecimento dos potenciais
que estão ali latentes na segunda camada ou na segunda faixa da radiância da
mônada. E nós denominamos genericamente esse grupo de potenciais como a
capacidade do manejo energético.
Bom, deixe-me especificar o que é esse manejo energético:
a potência de campos energéticos, a capacidade da consciência de gerar campos
energéticos espontaneamente ou de, claro que na segunda densidade de maneira
muito incipiente intencionalmente, pela forma como se modula a energia que se
move nessa radiância.
Então, essa segunda classe de atributos está ligada aos
campos, à ciência dos campos energéticos, a ciência das matrizes energéticas ou
a ciência das campânulas. Bom, na segunda densidade então, a expressão dessa
potencialidade ela surge. As árvores, os animais e os vegetais eles produzem
campos energéticos próprios, algo que, por exemplo, na água ou na terra esse
campo energético ele é coletivo, certo? Isso bate com sua percepções?
Participante: Sim.
Quando nós olhamos para as entidades da segunda densidade,
um cristal possui um campo energético próprio e particular que é diferente de
um outro cristal. Apesar de que, se esses cristais são da mesma hierarquia ou
da mesma classe, se vocês quiserem chamar, essa campânula vai ser semelhante, a
campânula espontaneamente criada vai ser semelhante. Mas a consciência ali já
despertou a capacidade de manejar de forma incipiente e não intencional, é
claro, ou com pouca intenção, mas de expressar diversidade nos campos
energéticos, nas matrizes energéticas. É por isso que cada subclasse de uma
espécie cristalina tem nuances e tônicas diferentes em seu campo energético e,
portanto, se propõem a certos trabalhos específicos como, por exemplo, há
classes cristalinas que são preponderantes para a formação de campânulas de
cura, de matrizes energéticas de cura ou de comunicação ou de projeção da
consciência ou de afinação de canais e assim sucessivamente, ou de
armazenamento de dados e essas coisas.
Cada planta também possui um campo energético próprio e
sensível, cada animal também possui um campo energético próprio e sensível e,
através de sua inter-relação com seus semelhantes eles estão trabalhando para
despertar aquilo que surge na terceira densidade ou na terceira etapa de
desenvolvimento da consciência, da mônada, como autoconsciência, como
consciência individualizada.
E então, um terceira camada da campânula, da radiância, da
mônada se ativa e amadurece. Bom, e nós descrevemos os potenciais ligados a
esta terceira camada, este terceiro espectro da radiância da mônada como a
visão e conhecimento intuitivos. Bom, é aí quando o intelecto é despertado. É
aí em que há autoconsciência e é aí que vocês passam a conhecer a si mesmos e
conhecer o mundo que é o espelho de vocês mesmos.
Muito bem, em condições normais no desenvolvimento de uma
humanidade todos esses atributos até este terceiro, que são classes...
Percebam, nós estamos apenas transmitindo a classe dando um nome para essa
classe, mas há muitos atributos aí.
Por exemplo, faz parte das capacidades ligadas ao primeiro
grupo de siddhis: mobilidade da forma, mobilidade da consciência,
recepção e emissão de impressões, deslocamento através do tempo e do espaço. E
é claro, a capacidade da consciência por todas as camadas ou por todas as
facetas e prismas do ser infinito e eterno.
Fazem parte de algumas das capacidades ligadas ao segundo
grupo de siddhis, ao segundo maha-siddhi, vamos chamar assim, ao
segundo grande potencial anímico que são as matrizes energéticas:
sensibilidade, o desenvolvimento de um sistema nervoso, percepções sensoriais,
trocas de estímulos, o surgimento das emoções como colorações de estímulos
recebidos, como tintas, como cores para se expressar a palheta da infinitude da
riqueza interna da consciência, a capacidade de ser afetado por campos
energéticos e afetar através de campos energéticos, de se relacionar a partir
do sentir.
E fazem parte dos atributos desse terceiro maha-siddhi
ou desse terceiro grande potencial da consciência que nós chamamos então de
conhecimento intuitivo: o intelecto, a racionalização, a representação de
realidades subjetivas, a tradução de realidades objetivas em conceitos
subjetivos; vocês começam a brincar com o mundo interno e o mundo externo que,
nessa terceira etapa, se manifesta como dois polos de uma mesma coisa. Então, o
conhecimento é a ferramenta que a natureza nos dá para que nós transcendamos
essa aparente dicotomia.
E, naturalmente, esse conhecimento é intuitivo, porque é
intuitivo? Porque ele funciona com base naquela percepção do sentir energético
e porque ele aspira a ativação do próximo campo da radiância, ele vai na
direção da próxima camada da radiância e, por isso, esse conhecimento e essa
visão deveriam ser intuitivos e naturalmente o são. Nós temos condições
particulares neste planeta, nesta época do desenvolvimento deste planeta com
esta humanidade em particular que está vivendo aqui por conta de uma série de
circunstâncias sobre as quais nós falamos em nossa última conversa e, bom, também
há muitas explicações para isso dependendo daquela que vocês quiserem tomar
como a mais coerente para sua mente.
Então, esses potenciais são suprimidos, foram suprimidos
de alguma maneira. Mas, naturalmente, esses potenciais não estão num estado de
tanta supressão porque, é claro, nenhum deles foi levado a completa expressão.
Todos eles vão se refinando e vão atingindo novos patamares de expressão a cada
passo da jornada. Então, é claro, a humanidade em terceira densidade ela não
expressa multidimensionalidade completa, ou a ciência das matrizes, o manejo
das matrizes energéticas, das campânulas de forma absoluta e nem, é claro,
expressam o conhecimento intuitivo puro, mas estariam presentes naturalmente em
grande medida se comparado com o estado que vocês vivem.
E então, quando a humanidade está prestes a, ou uma mônada
está prestes a progredir para um outro estágio, uma outra etapa de seu
desenvolvimento que nós descrevemos aqui alegoricamente como quarta densidade,
então, mais um maha-siddhi é ativado plenamente. E esse nós chamamos a
cura. O poder da cura. E o que nós compreendemos como cura? Alinhamento ao
propósito. Isto quer dizer que o conhecimento intuitivo tendo sido amadurecido
a um elevado grau pela experiência da terceira densidade, pelo amadurecimento
de autoconsciência, pela emancipação dessa consciência do véu da forma, a
consciência então passa a integrar a inteligência do planeta em que ela está
presente, ou do sistema solar, em certa medida, em que ela está presente, mas,
basicamente, o planeta que é faceta do Logos Solar do qual ela é uma expressão
direta.
E o potencial da cura, então, é a capacidade da
consciência de realinhar constantemente sua expressão com base na percepção
consciente clara e direta do que é o arquétipo para aquele planeta. Tendo
amadurecido seus potenciais, ela está pronta para servir e servir com
consciência. E então, ela oferta esses potenciais para colaborar com o processo
de criação. Ela começa a entrar no caminho dos co-criadores. Então, essa cura
não é somente a capacidade de sanar doenças, embora essa seja uma das
capacidades ligadas a esse maha-siddhi, a esse grande atributo da alma.
Mas há muitos mais: a capacidade de perceber o que é para o momento, de
reconhecer e compreender o outro não mais com base em inferências, mas com base
numa comunhão de coração a coração; saber-se e saber seu lugar na vida naquele
momento e qual é o papel que lhe cabe desempenhar para a co-criação harmoniosa
na natureza.
Tudo isso está ligado com o potencial da cura. Com o
potencial da cura se expandem todos os potenciais anteriores. Porque a cura, o
potencial da cura está calcado em todos os outros, ela é um desdobramento de
todos os outros, ela é todos os outros elevados a uma outra oitava, a uma outra
espiral de expressão. Então, com esse potencial ativado se expande a capacidade
da multidimensionalidade, se expande a capacidade do manejo de campos
energéticos, se expande a capacidade do conhecimento intuitivo e tudo isso
permite a expressão da potência da cura num grau que não era manifestado até
então.
Quando a Mônada progride, então, para além dessa etapa,
então se ativa preponderantemente - quando eu falo que se ativa, percebam
então, que não é que não estava lá, mas não era o foco, a consciência não
estava focada ali, não estava ancorada naquele nível, ela funcionava com base
num outro nível - então, quando ela passa para a quinta etapa, a consciência,
então, se foca nessa quinta camada de sua radiância como polo do ancoramento de
sua consciência. E o maha-siddhi ligado a essa quinta camada da
radiância nós o denominamos como kriya shakti ou o poder da vontade. O
poder da vontade criadora, a vontade criadora ou, ainda, se vocês quiserem, o
manejo da luz.
Nesse nível, então, bom, a maior parte das capacidades
ligadas a isso são muito difíceis de se traduzir para vocês por conta de uma
distância de realidade com o que vocês vivem. Mas, basicamente, é quando
realmente a consciência desperta grande parte do seu potencial mágico. A
capacidade de manejar a luz, de manejar a substância da criação. Então, a
consciência funciona aí no nível solar e, portanto, ela conhece o propósito do
Logos para o seu campo de expressão. E, portanto, ela se dedica a, entre outras
coisas, por exemplo, a tarefas como organizar mundos para transformá-los em
campos apropriados de experiência, conduzir espécies e material orgânico
genético, como vocês diriam, as sementes de vida de um campo para outro,
acompanhar o seu processo de desenvolvimento e transformação, entre outras
coisas.
E então, se ativa preponderantemente a sexta camada da
radiância que está ligado com o atributo que nós chamamos, um maha-siddhi
que, então, abarca um grupo de capacidades que nós chamamos como comunicação
vibratória ou a fusão. Esta é a porta da unidade, é aquilo que lhe permite ir
além do outro, percebe? Ir além da relação eu e outro. Isto se torna, então,
cada vez mais abstrato e difícil de ser traduzido. Mas aqui, planetas e sóis e
indivíduos e entidades e formas são reconhecidas na vastidão do ser como sendo
si mesmo. É claro que isso permite, então, servir com muito mais precisão, com
muito mais extensão. Porque se reconhece as necessidades da criação num nível
muito mais profundo, porque você se reconhece como a própria criação.
E, por isso, comunicação vibratória ou a fusão. A
capacidade de transcender o senso de individualidade completamente e se
estabelecer por algum tempo naquele estado onde não há eu e outro e onde se
conhece profundamente porque se é profundamente tudo. Não confundam isso com os
níveis conhecidos por vocês de samadhi porque não é disso que eu estou
falando. Eu não estou falando dessa experiência de você ter a sua sensação de
individualidade nublada ou obliterada, não. Eu estou falando daquela capacidade
da consciência de se expandir e abarcar planetas e sóis estando consciente de
cada partícula que compõe aquele campo de experiência. Então, isso não pode ser
confundido como o que vocês experimentam como samadhi ainda. Porque é
isto que vocês vivem, não é que o samadhi que vocês vivam não seja isso,
mas o samadhi que vocês vivem é isso sem consciência amadurecida. A
consciência não consegue decodificar aquilo que ela está vivendo e, portanto,
para vocês é um mar de branco, é um mar de luz ou é um oceano de qualquer coisa
ou é um vazio ou um escuro, ou um apagamento.
Quando essa sexta camada da radiância se ativa, o samadhi
ele é expansão consciente da percepção. Com profundidade, clareza e precisão. É
a capacidade de envolver cada entidade num grupo de sóis, envolvê-la em amor e
luz verdadeiros, pujantes e vibrantes.
Bom, a sétima camada da radiância quando se ativa então,
nós chamamos este maha-siddhi com todos os atributos que estão ligados a
ele como o silêncio ou a síntese. E essa é a capacidade da consciência de se
dissolver em si mesma em toda a sua vastidão. E os atributos ligados a isso,
bom, nós não temos nem como descrever. Mas eles existem. Porque a consciência
pode se expressar ali de maneira tangível também. Não é necessariamente um
virar um mar de luz como vocês usualmente descrevem estas experiências. Mas aí
nos escapa a capacidade de traduzir de alguma forma a não ser dizendo que a
consciência, a mônada, a própria mônada se dissolve no Sol do qual ela é um
Raio. Mas não para deixar de existir e sim para ser todos os Raios e estar em
todos os lugares e servir sem limites e sem distorções nenhuma.
Então, percebam, minha intenção ao conversar com vocês
sobre isso é - assim como em nossa última conversa, expandir um pouco mais a
sua percepção a respeito de sua história, deste planeta e das dinâmicas sociais
que se desenvolveram aqui - com essa conversa expandir um pouco mais a sua
percepção para a complexidade do que lhes constitui enquanto entidades e
daquilo que vocês são enquanto essência.
Apesar de nós falarmos de sete classes de siddhis
ou sete maha-siddhis, não simplifiquem essa história. Não diminuam isso
em palavras, em categorias. Cada um desses maha-siddhis abarca uma
potência infinita de habilidades e de capacidades que variam de tipo humano
para tipo humano, de planeta para planeta, de sistema solar para sistema solar.
Esses maha-siddhis são atributos da consciência universal e, portanto,
se expressam de infinitas e variadas formas através dessa galáxia e além. E em
vocês, da mesma maneira, esses siddhis tem um sabor próprio, pela sua
própria trajetória, pela própria singularidade de cada um de nós, esses maha-siddhis
se expressam de uma forma, portanto, única, com um sabor e uma beleza próprias.
Todos aqueles poderes, então, que atraem tanto a atenção e
o desejo de muitas pessoas como telepatia, vidência, clarividência,
clariaudiência, clarissenciência, as capacidades mágicas, ocultas, todas elas
estão distribuídas em alguns desses maha-siddhis. Mas os maha-siddhis
são a grande ciência a ser almejada pela consciência para ser desenvolvida e
amadurecida porque, naturalmente, essas classes de capacidades são despertadas
espontaneamente e trazidas a expressão.
Além disso, a razão desta conversa é para lhes pôr a par
de seu estado atual que varia, claro, de indivíduo para indivíduo na
intensidade e amplidão da expressão ou não destes potenciais. Pelo menos no que
diz respeito aos três primeiros. Porque com relação ao quarto potencial todos
se encontram no mesmo estágio em relação a ele em níveis gerais - em níveis
gerais, ou seja, há também aí diversidade, mas em níveis gerais. Além disso,
lhes pôr a par daquilo que surgirá e que está surgindo já, eu imagino, devido
as experiências que nós observamos que vocês todos tem tido em uma medida ou
outra, de uma forma ou outra. Para que vocês estejam prontos e saibam
minimamente o que esperar das transformações que se operam nesse planeta
agora.
Vamos ver, então, alguns desses efeitos no que diz
respeito às suas capacidades internas: a capacidade multidimensional, então,
que para a consciência individualizada é a capacidade de interagir com linhas
de tempo e espaço paralelas ou alternativas ou frequências da consciência e da
própria matéria alternativas, ou seja, a experiência do aspecto objetivo e
sutil de sua própria realidade, da realidade que lhes concerne e não
necessariamente a realidade que concerne a outro indivíduo mas a que lhe
concerne, ela foi grandemente suprimida pela qualidade de vida e da experiência
que foi feita aqui nos últimos milênios. Então, à medida em que a vibração do
planeta se eleva e derruba os véus e todos aquelas linhas de ação, quer sejam
elas sociais, quer sejam elas psíquicas, energéticas, quer sejam elas
psicológicas, quer sejam elas tecnológicas, à medida que essas linhas de
supressão são desfeitas pela elevação da vibração do planeta, aquele potencial
que está aí suprimido vem à manifestação.
Quanto mais cedo esse movimento acontecer globalmente,
mais chance temos de que um maior número de pessoas consiga integrar esse
potencial suprimido para poder aproveitar ainda a onda de ascensão. Porque é
preciso que você tome contato com esse potencial que está suprimido aí e que
você esteja harmonizado com ele em alguma medida, pelo menos, para que você
possa integrar a elevação que vem própria da ativação da quarta camada de sua
radiância.
Então, provavelmente, vocês tem tido experiências como,
por exemplo, de se tornar consciente, mesmo que de forma vaga ou de forma
fugidia de outras realidades além daquelas que vocês percebem através de seus
sentidos objetivos, físicos. Isto faz parte da multidimensionalidade. Começar a
se tornar consciente das experiências que vocês tem durante o sono ou durante
suas meditações ou mesmo no estado de vigília quando vocês interagem com uma
realidade diferente. Quer seja um contato, quer seja uma comunhão, quer seja
uma visão.
Faz parte da ativação dos potenciais suprimidos do segundo
maha-siddhi a capacidade de vocês começarem a perceber seu próprio campo
energético e como harmonizá-lo conscientemente pelo manejo de suas próprias
energias. Se tornarem mais conscientes e responsáveis por seus pensamentos, por
suas emoções, por suas palavras e atos porque eles são, na verdade,
cristalizações de ondas energéticas e formam, então, e dão cor e qualidade à
sua campânula e àquele campo energético que é formado grupalmente. A sua
sensibilidade, então, começa a despertar aceleradamente, porque aqui nós
estamos falando de um processo acelerado.
Faz parte, então, do terceiro maha-siddhi, com a
progressiva diminuição dessa ação de supressão de suas capacidades, que vocês
passem a funcionar cada vez mais de forma integrada na mente concreta e na
mente abstrata. A capacidade de compreender ou acessar a realidade e a troca
entre mundo externo e interno com base não somente na racionalização, mas cada
vez mais na intuição, cada vez mais no sentir interno, cada vez mais na
abstração. A capacidade de sustentar diferentes alternativas, diferentes
possibilidades dentro do seu campo de percepção. Uma expansão da força e vigor
de suas capacidades intelectuais como intuição, como percepção de realidades e
não necessariamente como conhecimento formal e escolar.
E, é claro, faz parte das primícias do quarto maha-siddhi
despertando em todos vocês, que vocês despertem para o seu potencial curador,
que vocês despertem para a consciência do planeta, que vocês despertem para os
fluxos potentes de energia que percorrem seu corpo e o corpo de seu planeta com
informações que provêm direto do coração da deidade cósmica que é o arquétipo
para este planeta e que é o arquétipo para a sua expressão nesse momento. A
capacidade de interagir com os seus semelhantes a despeito da forma que eles
apresentem com base no sentir vibral do coração e não mais somente naquilo que
seus sentidos lhes dão como informação.
E, é claro, que vocês podem experimentar também,
dependendo das inclinações individuais, da trajetória de cada consciência,
aspectos das outras capacidades mesmo que de forma primitiva, mesmo que de
forma fugaz, o que ainda representa para vocês grandes espantos devido a força
e o poder que é percebido nessas capacidades. Isso tudo permite à consciência
se reconhecer cada vez mais como íntegra e integralmente idêntica à Consciência
Universal, a Vida, Amor e Luz que conformam, animam e sustentam o conjunto da
criação.
E com essas palavras eu também quero ensejar vocês a
explorar esses potenciais, a se familiarizar com esses potenciais, a
transcender a ideia de que vocês são frágeis e vulneráveis sempre. De que não
há uma riqueza dentro de vocês mesmos. Há um grande poder dentro de cada um de
vocês para colaborar com a transformação da realidade planetária. Desde que
vocês abram mão do julgamento e das expectativas. Porque se vocês forem capazes
de preencher de amor e luz o espaço de sua própria radiância, isso já será um
grande milagre na Terra. Se vocês forem capazes de se unir grupalmente a partir
desse reconhecimento, isto será uma grande explosão solar na superfície desse
planeta. Mesmo que os efeitos que vocês esperam ver objetivos e concretos não
apareçam imediatamente. Mas se vocês, ao invés de buscar fora, buscarem dentro
a confirmação e o resultado, todos esses potenciais lhes darão cada vez mais
vias de perceber a realidade como ela realmente está e não como se quer que
vocês a vejam para permanecerem num estado de supressão consciencial.
Assim como a história de sua humanidade é muito antiga e
muito vasta e muito complexa, assim também, o tecido de sua consciência é ainda
mais vasto, é ainda mais complexo e é extremamente belo. Reconheçam-se, aceitem
ser quem vocês são de fato. À cada dia, tirem um pouco mais do poder que vocês
deram para a projeção de si mesmos como seres frágeis, como seres impotentes,
vocês não são impotentes! Vocês são a cristalização de toda a potência solar!
Parece que não, eu entendo! Eu compreendo que todos os seus sentidos lhe digam
o contrário, eu compreendo que o barulho nos carros na rua sejam para vocês uma
prova de que tudo isso está muito distante ainda, mas não está.
Não está. Olhem para a sua própria história nos últimos
anos, quantas transformações não aconteceram aí? Olhem para a humanidade na
superfície. Quanto questionamento, quanto dinamismo, quanta criatividade,
quantas soluções inocentes e, portanto, belas, apesar de pouco práticas,
talvez, para os problemas que vocês vivem. Soluções não mais baseadas no
controle e na dominação e na separatividade, mas soluções inocentemente
propostas com base num sentir amoroso.
Olhem para a luz! Olhem para a luz, porque ao olhar para a
luz vocês permitem que a sombra acolha amorosamente a luz e se transforme
amorosamente em luz. Expandam a luz de seus corações. Porque na medida em
que a sombra em vocês se rende e aceita ser transmutada, a sombra nesse mundo
se rende docilmente, porque vocês são as encarnações do poder cósmico neste
planeta. As rédeas de dominação coletiva nesse planeta só se sustentam porque
em vocês há a crença da vulnerabilidade. O poder que a mídia possui sobre suas
consciências só se sustenta porque vocês negam o poder de sua capacidade de
interpretação da realidade que vocês vivem. Vocês só são submetidos e
escravizados porque vocês se acreditam faltosos, porque vocês se acreditam
inaptos e em débito e, portanto, alguém mais sábio deve lhes conduzir. Não!
Alguém mais sábio não deve lhes conduzir! Alguém mais forte não deve cuidar de
vocês! Alguém mais poderoso não deve prover pelas suas necessidades! Vocês são
íntegros e completos em si mesmos e vocês tem tudo o que precisam para viver.
Esse é o plano do Pai-Mãe para todos nós! Olhem, olhem
para os últimos resquícios de uma época antiga da humanidade que ainda se
encontram em pontos remotos desse planeta, algumas expressões da consciência
aborígene; a natureza provê tudo o que é necessário e o coração provê a
inteligência necessária para aproveitar aquilo que a natureza oferece e para
cooperar com ela de forma harmoniosa no processo de co-criação e transformação.
Porque tudo é impermanência, viver em harmonia não é viver
parado, não é viver num estado de mornidão. A transformação é sagrada também,
transformar a natureza é sagrado também! Não se trata de ir morar nas cavernas,
não se trata de ir morar em cima de uma árvore, perceba. Bom, se isso chama seu
coração, ótimo, siga seu coração.
Mas não esperem que o paraíso na Terra seja uma regressão
às eras passadas. Não! Vida nova lhes aguarda! Vida nova a cada segundo aguarda
todos nós! A vida não é uma repetição de fatos passados, a vida são fatos
eternamente novos caminhando pelos trilhos de ciclos eternos. Como cada um
desses ciclos em sua infinita repetição vai se expressar, cabe a nós que
estamos aqui hoje, como partes conscientes da inteligência infinita, fazer e
executar.
Vocês podem esperar que a transformação de sua realidade
venha de fora, vocês podem esperar para explorar o universo quando alguém lhes
der naves tecnologicamente avançadas, vocês podem esperar para ter a cura de
seus corpos e de suas almas quando alguém lhes providenciar com aparelhos e
conhecimentos tecnologicamente avançados. Mas eu lhes digo: toda essa
tecnologia é a expressão daquilo que existe em vocês como potência. Porque se
vocês tem a inteligência de produzir fora aquilo que vocês percebem como
possibilidade dentro, é óbvio que vocês tem aí a potencialidade de manifestar
vocês mesmos todas essas potências.
Não se deixem ser dominados pelo conforto da tecnologia.
Perceba, se nós olharmos para a história da humanidade, sempre este foi o
pedaço de vidro pelo qual vocês trocaram seu poder. Uma forma mais fácil de
chegar no resultado. Sempre foi isso que aconteceu! Desde núcleos de dominação
de Marduk, até núcleos de dominação do Império Draconiano, até as próprias
elites que estão aí ainda, sempre vocês trocaram seu poder por alguém que lhes
desse as migalhas que caem de suas mesas. Uma forma mais fácil de se chegar no
resultado sem que eu precise olhar para dentro e fazer o caminho árduo, mas
extremamente rico, de mergulho em mim, de autoconhecimento.
Por favor, não se deixem ser tapeados mais uma vez por
isso. E, principalmente, acordem para não ser tapeados diariamente pelos seus
brinquedos, pelos doces injetados de anestésicos que lhes oferecem a cada dia.
Honrem! Honrem sua natureza! O que há dentro de vocês é infinitamente mais do
que qualquer um desses brinquedos pode lhe prover. O que esses brinquedos fazem
é apenas lhes colocar num estado de inércia e conforto. Inércia e conformismo
com as limitações. Não se conformem com as limitações, não se conformem mais em
serem seres limitados porque vocês são seres ilimitados.
O centro da galáxia é a prova de que todos nós temos
destinos gloriosos à nossa frente. Cada corpo humano é a prova de que cada
partícula desse universo tem um destino glorioso à sua frente. Moléculas um dia
formam pedras e num outro formam sequoias e em outro formam belos cetáceos, em
outro formam gloriosos humanos... E além, o que há além? Não precisamos nos
preocupar porque, com certeza, é algo ainda mais glorioso do que a glória que
já conhecemos. Façam a experiência dessa glória, bebam da fonte que jorra de
seu coração. Está aí toda a sabedoria, toda a orientação, todo o cuidado e todo
poder de que vocês necessitam.
De fora vem acompanhamento sim! Eu não nego o valor da
cooperação. Mas para que aja cooperação, há que haver operação de ambos os
lados e não só de um lado, porque quando só há de um lado ou há escravização ou
há dependência. E essa brincadeira não funciona mais para este planeta. O círculos elevados de regentes desse sistema solar já
deram o sinal: essa experiência dessa maneira vai até aqui e não prossegue. Mas
eu lhes digo, ainda há tempo de aproveitar a riqueza que essa experiência se
propõe a lhes oferecer. Há um fruto a ser colhido, lembrem-se, há um fruto a
ser colhido. Vocês são os semeadores e os ceifadores desse fruto.
Fiquem em paz. Aní Maritumi.
Participantes: Aní Maritumi.
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